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A hipnose da estrada. 14 hs de asfalto em um dia! – Monte Vera – Tafi Del Valle

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DIa 4.1, segunda-feira fizemos nosso record na estrada. Revezando no volante, eu e Tati percorremos 871 km em 11hs e 12 min. Bom, na verdade, entre as paradas passamos cerca de 14 hs na estrada. O que é mais incrível é que mal sentimos o impacto. A estrada vicia e hipnotiza. Esse transe causado pelo asfalto e a mudança de paisagem, sempre nova pra nós, a cada km, fez com que chegássemos em Tafi Del Valle inteiros e empolgados. Existia um cansaço, é claro, mas a alegria de conhecer um lugar encantado como Tafi fez superar tudo.

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No caminho vimos um pequeno deserto de sal no meio do nada. Paramos e nos emocionamos com a sua beleza. Passamos por pequenos povoados até chegar em Santiago Del Estero, com a expectativa de encontrar algo interessante que nos fizesse parar pra dormir. A cidade estava como uma cidade fantasma, mas nesse caso não tinha poesia nenhuma nisso.

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Uma cidade como qualquer outra, sem nada de mais nem de menos… quer dizer, muito menos que mais.  Seguimos em direção a Tucuman, e a sujeira e o ar de “grande cidade” nos desanimou. Avistamos algumas belas arquiteturas, mas perdidas numa selva de pedra em miniatura. Mais do mesmo, pensamos. Em 1 minuto partimos pra Tafi Del Valle sabendo que bem ou mal seria nosso destino final nesse dia. Uma das estradas mais lindas que percorremos e com uma lua cheia presenteando e iluminando a escuridão entre montanhas, precipícios e riachos. ESPETACULAR!

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Como no dia anterior, resolvemos dormir dentro do carro, pra baratear a viagem. A Fiat Strada virou um cafofinho aconchegante e dormimos pesado dentro do camping municipal.

Deixamos de sonhar acordados pra dormir um pouco.

Poeira nos olhos que querem enxergar. Tucuman, dia 21 de viagem.

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poeira

Quase em Tucuman, 4.1.2015 / 19:16hs

A multiplicidade das coisas as torna gigantes. No momento que uma coisa ganha vida ela passa a se tornar maior que a própria pessoa que a criou ou a ela deu vida. No momento, penso que uma taça de vinho é necessária pra desarmar nosso corpo e permitir a passagem do que realmente “é”pra ser.

A poesia diária diminui no cansaço. O cheiro da estrada se torna normal depois de uns dias; a paixão se amansa e o fogo dos ideais vira brasa duvidosa. Mas por trás de nós tudo continua incrível como sempre foi.

O cheio, em cada km de estrada, é sempre novo. A centelha que gerou a paixão está ali esperando mais ar pra queimar forte, assim como o fogo dos ideias que não deixou de existir.

A brasa duvidosa é cada um, que se permite apagar, nas situações boas ou difíceis da vida.